É interessante ver a Globo simplesmente ignorar toda e qualquer denúncia contra Ricardo Teixeira por ele ser um aliado. Ou inimigo. Sim, Teixeira deu declarações há um mês atrás dizendo que uma vez foi atacado pela Globo e deu um golpe na emissora: marcou um jogo do Brasil no horário do “Jornal Nacional”, desestabilizando a grade intocável do canal. A partir dali, a Globo jamais tocou no nome dele.
Mas o movimento contra Ricardo Teixeira, agora, assumiu proporções tão grandes que a emissora do Jardim Botânico se vê numa faca de dois gomos: se declara inimiga e tenta tirar o cartola do poder da CBF, ou continua omissa em noticiar qualquer matéria de corrupção envolvendo Teixeira. É normal ser político num momento desses, mas quando envolve a Globo, então tudo fica mais delicado.
A Rede Globo praticamente ignorou a campanha “Diretas Já”, feita por estudantes com a intenção de implantar as eleições diretas no Brasil, que parava o país, e o “Jornal Nacional”, principal telejornal da rede, omitia qualquer evento da campanha e até distorcia os fatos. Enquanto quase meio milhão de estudantes iam as praças reivindicar pelas diretas, Marcos Humell, hoje na Record, anunciava no JN: “Festa em São Paulo, a cidade comemora seus 430 anos em mais de 500 solenidades. A maior foi um comício na praça da Sé”.
Hoje, 27 de julho do ano de 2011, uma das maiores redes sociais do mundo, o Twitter, tem milhões de pessoas espalhando #caiforaricardoteixeira,#foraoficial e #adeusrt entre os termos mais digitados do mundo. Um povo não mais bobo quer o cartola fora da entidade máxima do futebol brasileiro. E a Globo? Vai se omitir novamente como uma Velha Senhora fazendo tricô?
Quando não conseguimos aprender com os erros do passado, então o futuro parece assustador.
Por: Breno Cunha
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