Mas se engana quem pensa que a Globo mudou. Lançar no mercado esses “princípios” foi uma estratégia tão falível quanto uma criança de cinco anos resolver uma equação de 2° grau. Pois nesta quarta-feira (10) a emissora anunciou, numa chamada do “Jornal Nacional”, que Clarice Copetti estava presa. Horas depois, quando o jornalístico começou, Willian Bonner fez uma retratação dizendo que a informação era um engano.
Só que neste exato momento a vida de Clarice estava praticamente destruída. “Um veículo de comunicação me julgou, fazendo o papel do Judiciário, e me prendeu, fazendo o papel do Executivo [...] assumiu as funções do Estado brasileiro sem sequer procurar se informar sobre quem eu era”, disse revoltada. E com razão.
Todo brasileiro está careca de saber que presente algum apaga o passado de um veículo de comunicação. Mas o caso da Globo é interessante: a emissora não faz questão de apagar a sua história, construída sobre mentiras e falcatruas , mas de realçar dia a dia. Que ironia, nos princípios editoriais havia um trecho que dizia: “A rapidez necessária não se confunde com precipitação”.
Por Breno Cunha
Nenhum comentário:
Postar um comentário