Segundo os jornalistas Keila Jimenez e Rafael Reis da Folha de São Paulo, Globo e Record vão esticar, cada uma para seu lado, o balanço final de audiência dos Jogos Olímpicos de Londres.
As emissoras, que dividirão com a Band a transmissão da Rio-2016, brigam pela exclusividade dos direitos para a TV aberta no Brasil da edição de 2020 da competição, sem cidade definida.
Para seduzir o COI (Comitê Olímpico Internacional), ambas irão mostrar os números obtidos pela Record, que pela primeira vez deteve essa exclusividade, com Londres.
A Globo irá alegar que a Olimpíada, longe de sua tela, perdeu público na TV aberta. Também irá se apoiar na alta audiência dos seus jornalísticos e em um trabalho com o mercado anunciante e os patrocinadores dos atletas, prometendo o céu na líder de audiência.
As 165 horas de transmissões esportivas renderam à Record uma média de 7 pontos de audiência, segundo medição do Ibope (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo).
Não é nada muito diferente da média que normalmente alcança sem o evento, que transita na casa de 6 pontos.
A transmissão da competição em Pequim, em 2008, deu à Globo média de 10,4 pontos. Na ocasião, os Jogos foram exibidos de madrugada, por conta do fuso horário.
Ou seja,a audiência olímpica na TV aberta caiu 32,7% de quatro anos para cá.
“Ficamos felizes com o resultado. Imaginávamos que os números fossem mais ou menos esses. A gente se propôs a fazer uma cobertura diferente. Não ficou concentrada em futebol e vôlei, espalhou-se por vários esportes”, afirma o diretor nacional de comunicação da Rede Record, Celso Teixeira, explicitando a estratégia do canal.
A emissora também já iniciou conversas para repetir daqui a oito anos a mesma exclusividade que teve agora.
Além de uma polpuda proposta (o valor deve chegar a US$ 250 milhões, contra US$ 60 milhões pagos por 2012), a Record aposta no maior tempo dedicado aos Jogos e na diversidade dos eventos.
O canal exibiu 52 horas de futebol e vôlei, os dois esportes que rendem as melhores audiência, ou 31,5% do total. Em Pequim-2008, a Globo ocupou 46,7% das 150 horas de transmissão a essa dupla.
Mas foi mesmo com Neymar, Marta, Jaqueline e Bruno que a Record conseguiu a maior parte das 36 horas em que esteve na liderança com eventos olímpicos. Seu pico de audiência na Grande São Paulo foi os 22 pontos registrados na final do futebol masculino, no sábado.
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