O
clima está tenso na sede da Globo São Paulo nos últimos dias. Isso
porque a emissora virou alvo de protestos de manifestantes na metrópole.
De
acordo com o jornalista Daniel Castro, desde a última sexta-feira (14),
a emissora está treinando intensivamente seus seguranças e bombeiros. A
cúpula do canal teme uma possível invasão no prédio da emissora, no
Brooklin. Para isso, o número de seguranças foi reforçado.
A
emissora também adotou medidas para reduzir riscos a seus
jornalistas. Nas coberturas das manifestações para o “Jornal Nacional”,
tem escalado repórteres homens e pouco conhecidos pelo público, como
Tiago Scheuer, Renato Biazzi e Jean Raupp, de telejornais locais. Eles
fazem rodízio. Para chamar menos atenção, alguns repórteres têm feito
cobertura sozinhos, sem câmeras, captando imagens com celulares e
tablets. Ou “disfarçados” de jornalistas “comuns”, usando microfones de
lapela e câmeras modestas, sem logotipo da emissora.
Dos
repórteres mais conhecidos, apenas César Galvão, no helicóptero, e
Fabio Turci têm participado da cobertura. A escalação de jornalistas
praticamente desconhecidos reduz o risco de hostilização como as sofridas por Caco Barcellos.
Por
conta das manifestações, William Bonner deixou de apresentar o “Jornal
Nacional” dos estádios da Copa das Confederações. Ontem, voltou para o
estúdio.
A orientação na Globo, apesar
das dificuldades, é não esconder nada e fazer a cobertura mais
equilibrada e isenta possível, até porque as manifestações são notícia
relevante e dão audiência.
As
hostilizações a equipes da emissora em atos públicos vêm desde os anos
1980, por causa da tentativa de “esconder” o movimento pelas Diretas Já.
Também não é novidade repórter cobrir manifestação com microfone sem o
logotipo da emissora, como agora.
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