Nos últimos tempos, não foram poucas as
vezes em que uma suposta venda da MTV aconteceria ou que o canal musical
chegaria ao fim. Ao mesmo tempo, não faltou quem acusasse a emissora de
fugir à sua proposta inicial, cada vez menos investido em videoclipes e
abrindo espaço para game shows e humorísticos. Antes referência para os
adolescentes, a MTV tentou atingir um público maior e mais variado. O
esforço não se refletiu num aumento exponencial de audiência.
Na última quinta-feira (13), Marcelo
Adnet, Dani Calabresa e Tatá Werneck anunciaram por meio de redes
sociais o fim do “Comédia MTV”. Em outubro, a coluna já havia antecipado
que a emissora pretendia acabar com o programa por considerá-lo caro e
também pela possibilidade de perder humoristas para outras emissoras.
Segundo noticiário recente, Marcelo Adnet e Dani Calabresa têm propostas
da Globo e da Band – esta última especialmente interessada em ter a
loira como repórter do “CQC”, depois de sua participação num especial da
atração este ano.
O encerramento de um programas mais
arrojados da empresa não é um fato isolado. Nas últimas semanas, a MTV
resolveu não renovar o contrato de estrelas da casa como Marimoon e Jana
Rosa sob justificativa de cortes de gastos e falta de projetos
compatíveis. Há alguns meses, houve corte de funcionários para
enxugamento da folha. Tudo indica que o canal passa por tempos de
contenção.
Oficialmente, a MTV negou por meio de
comunicado em agosto que estivesse sendo negociada. Da mesma maneira, o
prenúncio do fim para ser uma especulação por demais apocalíptica. As
agências já receberam o projeto publicitário do “Verão MTV”, que terá
programas especiais com os VJs remanescentes. A temporada será aberta
por um show de Gaby Amarantos, no Rio de Janeiro, neste sábado (15). Da
mesma maneira, a emissora também enviou às agências uma proposta para a
cobertura da Copa de 2014. Até lá, claro, muita água deve rolar.
O que se vê nos últimos tempos é que,
além de mais “compacta”, a MTV precisa ser reinventada – de novo. Só
assim vai parar de sofrer com cortes de receita e funcionários. Afinal,
no final das contas, quem sofre é o espectador que não mais assistirá o
“Comédia MTV” – ou outras atrações, como o “Furo”, caso seus
apresentadores mais famosos deixem a emissora. Aliás, perder bons nomes,
a priori, não parece ser a melhor saída para a crise.
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