O sinal de emergência foi acionado na
Globo. Os executivos da emissora já não escondem nas conversas informais
a preocupação com os números registrados em vários horários,
principalmente no prime-time. A audiência caiu e atingiu um patamar
muito preocupante. Nesta quarta-feira, na faixa nobre (18h à 0h) a Globo
fechou com 20 pontos, contra 9 do SBT e 8 da Record. Trata-se da pior
média/noite dos últimos anos.
Este mês ficará na história da emissora
como um dos mais problemáticos e, por isso, já foi apelidado como
“novembro negro”. A queda de audiência está afetando os produtos mais
importantes da emissora. Nesta quarta-feira, o “Jornal Nacional” atingiu
20 pontos de média, o equivalente a apenas 36% do público do horário.
Nesta faixa, o SBT marcou 14 pontos e a Record 9. Ou seja, somadas, as
duas emissoras ultrapassaram a Globo em 3 pontos. Para agravar esta
situação o número de pessoas que migraram para a TV por assinatura
aumentou significativamente nos últimos meses.
A novela “Salve Jorge”, apesar do
orçamento milionário, não tem conseguido reverter a queda de audiência
do horário nobre da Globo. Muito pelo contrário, uma vez que há sinais
claros de que o público rejeitou alguns núcleos da novela de Glória
Perez. Nesta quarta-feira, aqui em São Paulo, “Salve Jorge” bateu em
apenas 27 de média, o equivalente a 46% do público do horário. A novela
se manteve na liderança, mas muito longe do patamar estabelecido como
meta. Antes, “Guerra dos Sexos” atingiu 20 pontos e “Lado a Lado” 17.
Há quem afirme que o “novembro negro” só
existe porque erraram na escolha do “Vale a Pena Ver de Novo”. “Da Cor
do Pecado” derrubou a faixa, mas há outros dois problemas no período da
tarde: “Vídeo Show” e “Sessão da Tarde”. O programa de Ana Furtado e
André Marques até melhorou na produção, com quadros mais ágeis e muitas
entrevistas, mas se afastou do público mais velho. Já a “Sessão da
Tarde” há muito não exibe um filme que dê vontade de assistir. Além
disso, no início da tarde, a Record tem abocanhado a audiência com o
“Balanço Geral”, que apela a tudo, de nudez a galo no estúdio.
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