quinta-feira, 5 de julho de 2012

Globo deu tratamento de final de Copa do Mundo ao jogo final da Libertadores

Sem os direitos de transmissão da Libertadores na TV paga, pertencentes ao canal Fox Sports, nem o dos Jogos Olímpicos de Londres, adquiridos pela Record, a Globo viu na decisão do torneio continental, disputada por uma das equipes mais populares do país, uma rara oportunidade para dar show em 2012. E deu.
A partida entre Corinthians e Boca Juniors mereceu, em São Paulo, tratamento digno de final de Copa do Mundo. “Uma final histórica”, resumiu Christiane Pelajo, apresentadora do “Jornal da Globo”.
A emissora tratou da partida em toda a sua programação – inclusive no intervalo das novelas – nesta quarta-feira.
O jogo “começou” no “Bom Dia São Paulo”, às 6h30 da manhã, prosseguiu no “Bom Dia Brasil”, engrenou no “Mais Você”, com Ana Maria Braga, avançou no “Encontro com Fatima Bernardes”, e prosseguiu numa edição conjunta do “SPTV” com “Globo Esporte”.
O mais novo programa da emissora, aliás, esteve irreconhecível, mais com cara de “Central da Copa”, com Fatima no papel que coube a Tiago Leifert, entrevistando atores, torcedores e chamando reportagens na rua sobre o jogo. O investimento valeu a pena – a audiência do “Encontro” deu um salto em relação às edições mais recentes.
No “Hoje”, e depois com flashes durante toda a tarde, além de noticiário caprichado na segunda edição do “SPTV”, o pré-jogo da Globo conseguiu passar o clima que, de fato, transformou a cidade de São Paulo nesta quarta-feira.
A transmissão da partida, propriamente, não surpreendeu. Com a mesma equipe que atuou nos principais jogos decisivos do Corinthians – Cleber, Caio, Casagrande e Arn aldo – foi aquele festival de clichês de sempre.
Em resumo, críticas à “catimba” argentina (Arnaldo), elogios ao “barulho ensurdecedor” da Fiel (Cleber), a nítida dificuldade de emitir uma opinião (Caio) e um ou outro comentário mais ousado ou engraçado (Casagrande).
Quando o goleiro titular do Boca deixou o gramado contundido, Casagrande animou-se. Afinal, disse, o substituto “não é titular por algum motivo”.
Aos 43 minutos do segundo tempo, o Corinthians vencendo por 2 a 0, Cleber soltou um “ta chegando a hora” e Casão, emocionado, disse que, pela primeira vez, desde que deixou os gramados, em 1994, sentia vontade de estar no gramado. Puro Corinthians.

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