No ar desde abril na grade de programação da Record, “Máscaras” vem passando por problemas de audiência. O Ibope é baixo e oscila na casa dos 6 pontos e a repercussão é praticamente inexistente. Ainda assim, não se pode dizer que ninguém acompanha ao folhetim de Lauro César Muniz.
Uma prova de que “Máscaras” é vista e que o que vai ao ar por ela chama atenção dos telespectadores foi ao ar em um dos capítulos desta semana, quando em um determinado diálogo uma ambiguidade – ou malícia por parte do autor – foi dita. Flávia Monteiro, em uma cena sensual contracenada com Nicola Siri, disse algo como “Você quer me ter?”, sentença esta que poderia ser interpretada como “Você quer meter?”.
Logo após o “me ter” ou “meter” – embora tenha sido muito claro que seja “meter” -, a personagem de Flávia deita e coloca as pernas para cima em uma cena que deve ter sido constrangedora até mesmo aos atores e à produção.
O constrangimento teve peso maior ainda ao telespectador, que mesmo sabendo que “Máscaras” se trata de uma novela adulta, não esperava por um vocabulário chulo deste nível. Por muito menos, a própria Record cortou cenas inteiras. E muito surpreende que a emissora já tenha deixado de veicular cenas que faziam menção à Igreja Católica mas permitir que outras como estas fossem ao ar.
Paralelo a isso tudo, também é necessário ressaltar a imagem que Flávia Monteiro tem perante os telespectadores. Mesmo após dez anos, ela ainda continua sendo lembrada por muitos como a professora Carolina de “Chiquititas”. Apesar de ela ser uma atriz, como qualquer outra, o estranhamento existe. É como se Rosanne Mulholland, a professora Helena de “Carrossel”, fizesse o mesmo anos depois. Chocaria, como de fato chocou.
Alguns telespectadores podem acreditar que não existe esta preocupação nos bastidores, mas ela existe. Juliana Silveira, protagonista de “Floribella”, recusou um papel para ser uma prostituta em “Paraíso Tropical” devido à forte identificação que tinha com o público infantil na época.
Na telinha
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