quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Saiba onde há boas chances de encontrar o amor de acordo com a faixa etária

Esqueça um poucos as baladas e invista em outros ambientes que não sejam de caça

Encontrar alguém para namorar e, quem sabe, dividir a vida, não é tarefa das mais simples, mas pode se tornar menos árdua se você procurar por alguém nos lugares certos. E o conceito de lugar certo não é aquele com um bom contingente de pessoas, mas o que seja mais adequado para encontrar gente que combina com você. "Podemos achar um amor em qualquer lugar: no trânsito, a caminho do trabalho, em supermercados, fila do banco, ponto de ônibus", exemplifica a psicóloga Raquel Marques.
Todos os dias, passamos por centenas de pessoas na rua, no metrô, no trabalho, em restaurantes, elevadores, padarias.  "E, mesmo assim, colocamos as expectativas para as noites de sexta e sábado, ao sair para a caça", diz a psicóloga Eliete Matielo, diretora da agência de relacionamentos Eclipse Love. "Por que, se todos os dias temos chances e as desperdiçamos?”, questiona ela, que sugere prestar mais atenção no mundo ao redor. “Aí é que estão grandes oportunidades de se conhecer pessoas interessantes”, diz ela.
Para Raquel Marques, o mais importante é ter disponibilidade interna e dar chance para que alguém se aproxime. “Essa abertura pode ser com uma troca de olhares em lugar público, com um sorriso, o início de uma conversa informal, a busca de uma informação qualquer". Já a psicóloga Suzy Camacho aconselha a prestar atenção no seu nível de exigência. “Não são poucos os casos em que a pessoa descarta um provável romance logo no primeiro encontro, com a justificativa de que não houve química. Para mim, é necessário sair, no mínimo, cinco vezes para ter uma ideia clara sobre o outro, já que a primeira costuma ser marcada por ansiedade, nervosismo e pouca espontaneidade", diz. E se deixar o amor apenas por conta do acaso é pouco, confira sugestões de lugares ideais para paquerar, conforme a faixa etária:

AOS 20
Para a psicóloga Eliete Matielo, os locais em que se tem mais chance de encontrar um amor são aqueles frequentados diariamente, como faculdade, estágio, trabalho, cursos, clubes etc. Nas baladas acontecem as paqueras e os casinhos, os flertes mais passageiros. “Quando se é bem jovem, o amor pode dar as caras em qualquer lugar, já que a disponibilidade é imensa e o grau de exigência é menor, pois ninguém tem muita experiência de vida", explica a psicóloga Suzy Camacho. E como os hormônios estão à flor da pele, as antenas ficam ligadas o tempo todo.
AOS 30
A maior preocupação dessa faixa etária é a carreira. A busca pelo sucesso profissional resulta em longas horas no escritório –é natural, então, que os colegas de trabalho se transformem em amigos íntimos e potenciais candidatos. "E quanto mais a pessoa investe na carreira, maiores são as chances de topar com um amor em cursos, congressos, pós-graduação, simpósios”, diz Suzy Camacho. Nesses locais, é comum encontrar pessoas com os gostos semelhantes e com objetivos de vida parecidos (no caso, evoluir profissionalmente). Portanto, as chances de identificação aumentam muito. Para a psicóloga Raquel Marques, é importante, também, participar de eventos sociais fora da empresa, como confraternizações e "happy hours", quando as pessoas falam de outros assuntos que não os profissionais. Outro ambiente propício são as academias de ginástica. "Como aos 30 anos as pessoas começam a se preocupar também com a saúde e o bem-estar, e não só com a aparência física, a oportunidade de se deparar com alguém com gostos parecidos é bem grande", diz Suzy.
A0S 40
Nessa fase da vida, as pessoas estão mais seletivas. Muitas já passaram por relações estáveis e sabem muito bem o que querem e o que não querem. Casas noturnas, dificilmente, oferecerão chances de conhecer alguém que esteja em busca de algo sério e tenha a maturidade que você procura. Para quem tem em mente um perfil específico, há as agências e sites de relacionamento e as salas de bate-papo virtuais. A psicóloga Suzy Camacho chama a atenção para o fato de que o nível cultural é um pré-requisito essencial na casa dos 40 anos, o que torna as viagens temáticas e os cursos livres –filosofia, arte, cinema, vinhos, gastronomia– uma fonte não só de aprendizado, mas um local para conhecer novas pessoas. Cuidado, apenas, para não despejar suas frustrações em relacionamentos anteriores em novos candidatos. Supere seus traumas e não inicie uma relação com a cabeça cheia de caraminholas.
AOS 50
Por volta dos 50 anos, as pessoas que estão solteiras têm grandes chances de encontrar o amor. Apesar de estarem mais seletivas nessa idade, certas exigências de menor importância já não fazem mais parte da vida (como dispensar uma pessoa só por ela ser fã de uma banda que você odeia ou por estar com um pneuzinho na cintura). Uma caminhada, por exemplo, pode render bem mais do que um corpo em forma. Pode te levar a conhecer alguém que também tem prazer em cuidar da saúde --e começar um namoro em um parque não é nada mau. Para a psicóloga Suzy Camacho, as pessoas maduras têm a seu favor a experiência de vida como forma de elevar a autoestima. Elas, também, estão em uma fase em que querem fazer o que gostam (com mais tempo para explorar "hobbies"). Portanto, procure algo que lhe dê prazer, como modalidades esportivas específicas (tênis, natação, corrida...) e grupos de discussão de temas que você conhece bem (poesia ou um estilo musical, por exemplo).
DEPOIS DOS 60
A partir dos 60 anos, é importante criar oportunidades para o amor, como frequentar grupos da terceira idade e participar de viagens em excursões fechadas, onde o volume de pessoas é grande e diversificado. O Ministério do Turismo mantém o programa Viaja Mais Melhor Idade, que incentiva o turismo para esse público. Muitas vezes, as pessoas acima dos 60 anos costumam ocupar-se apenas com seus afazeres rotineiros e têm tendência a se isolar . "Na minha opinião, as aulas e cursos de dança são excelentes, pois reúnem gente de alto-astral, alegre, de espírito jovem”, afirma Suzy Camacho, psicóloga. Ainda que a intenção não seja conquistar um amor (ou você não queira admitir isso), a socialização melhora muito a qualidade de vida. Se as aulas de dança não fazem a sua cabeça, tente cursos de idiomas, artesanato, canto, instrumentos musicais. O importante é ter gente por perto.
Heloísa Noronha - UOL

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